A anorexia é um transtorno alimentar muito discutido atualmente, seja com tema de novelas, pauta de revistas ou na mídia de forma geral. Mas apesar de todo debate, na maioria dos casos, o problema passa despercebido, sendo identificado apenas quando já se encontra em estágio avançado. Para se prevenir é preciso conhecer o distúrbio e está atento aos sintomas apresentados, segundo os especialistas.

Para a psicóloga da Hapvida Saúde, Sarah Lopes, “é necessário entender de forma clara que a anorexia não possui uma causa específica, ela pode estar associada a diversos fatores: psicológicos, familiares, ambientais etc”.

Segundo ela, os sintomas são bem específicos e seus primeiros sinais basicamente seguem um padrão, ou melhor, apresentam alguns comportamentos fora do padrão como: a alteração da imagem corpórea.

 “Ou seja, o sujeito se vê gordo, mesmo estando magro ou abaixo do peso. Passa a não comer e justificativa está sempre ligado ao não engordar. Começar a alegar falta de apetite, ou após muita insistência, percebe-se que não é a quantidade ou a alimentação ideal como alguns que comem somente folhas. Além disso, o medo intenso de ganhar peso, fixação com a balança; exagero em exercícios físicos com a intenção de perder peso; ou ainda, fazer uso de medicação para emagrecer ou laxantes e diuréticos e também a necessidade de provocar vômitos após as refeiçõe”, explica Sarah Lopes.

Ainda segundo a psicóloga do Hapvida Saúde, o distúrbio pode afetar qualquer pessoa, independente da faixa etária ou classe social, embora dados apontem que as mulheres, principalmente as adolescentes, são as que mais sofrem com este tipo de transtorno. “Fato que pode ser justificado em parte, pelo modelo de corpo perfeito, inserido na sociedade moderna e tão difundido pela mídia atualmente”, complementa a especialista.

Uma das maiores dificuldades quando identificado um quadro de anorexia, é o tratamento, uma vez que a vítima do transtorno quase nunca reconhece o problema. Diante dessa realidade, a atenção e o apoio de familiares e amigos é ainda mais crucial no combate ao distúrbio:

“O principal ponto da família está diretamente na percepção de quando as coisas não vão bem, ou seja, na identificação dos primeiros sinais. Comumente, estes sinais estão presentes na rotina do indivíduo. Após a identificação, perceber e convencer a melhor forma de tratamento, e acompanhar a sua evolução, cuidar para que a medicação seja ingerida de forma correta, apoiar e deixar claro que está junto em cada passo é fundamental”, orienta a psicóloga.

A procura por um especialista ao perceber os primeiros sintomas pode fazer a diferença no tratamento. Existem vários tipos de tratamento para o transtorno, desde internação e medicamentos até uma mudança na rotina da vítima, através de terapias e programas de socialização, somente um médico poderá determinar o mais apropriado para determinado caso.

“A anorexia pode matar. Por isso, deve ser levada a sério por todos os envolvidos no processo. O tratamento deve ser seguido rigorosamente em conjunto entre o psicólogo, psiquiatra e nutricionista para restabelecer a visão real sobre sua imagem. Um acompanhamento psicológico longo pode ser fazer necessário”, afirma a especialista da Hapvida Saúde.