Cinzas de filho de amazonense fuzilado na Indonésia entregues a Marilu
A amazonense Maria de Lourdes Archer Pinto, a Marilu, está trazendo para o Brasil as cinzas de Marco Archer. Ela recebeu a certidão de óbito expedida pelo governo da Indonésia, logo após o corpo do sobrinho ser cremado. As cinzas serão levadas por Marilu para o Rio de Janeiro, onde vive atualmente. Archer foi condenado à morte e executado no sábado sob a acusação de tráfico de drogas.
Marilu faz parte de da tradicional família Archer Pinto, que comandou a mídia nos anos 70 em Manaus com o Diário da Tarde e O Jornal, já extintos. É em homenagem ao fundador do grupo que ainda é realizada na cidade a Corrida Archer Pinto, todos os anos.
O atestado de óbitom, ao qual Marilu teve acesso, é emitido geralmente em caso de translado do corpo de brasileiros falecidos no exterior, mas também é emitido quando ocorre a cremação para assegurar a entrada das cinzas sem problemas na alfândega.
O Itamaraty informou ainda que não há previsão de quanto tempo o embaixador brasileiro na Indonésia ficará em Brasília. Ele foi chamado de volta ao Brasil por determinação da presidente Dilma Rousseff como forma de protesto por conta do fato de os apelos brasileiros terem sido ignorados pelo governo da Indonésia.
No país asiático, as execuções por fuzilamento acontecem desde 1964. Apenas os advogados de defesa acompanham os presos até o momento do cumprimento da pena. Nenhum civil, nem mesmo familiares dos condenados, podem acompanhar a execução. O fuzilamento é feito em um campo aberto próximo à penitenciária em Cilacap, na Ilha de Java, a 400 km de Jacarta. O pelotão de fuzilamento é composto por 12 pessoas, mas apenas três das doze armas são carregadas com balas de verdade.
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