Alice Wegmann diz que avó de 81 anos é sua inspiração na literatura e pensa em lançar livro
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Depois de emendar trabalhos e fazer a vilã Dalila, de "Órfãos da Terra" (Globo), a atriz Alice Wegmann, 24, decidiu tirar um tempo das férias para fazer cursos, ir ao cinema, ver exposições e viajar.
"Dessa vez, eu resolvi me dar um tempo para parar um pouco, analisar tudo o que já passou e o que eu gostaria que viesse pela frente. Estou em uma fase muito boa, mergulhando muito na cachoeira, na praia", diz a atriz, em entrevista ao F5.
Mas nas redes sociais, Wegmann segue bem ativa, ao compartilhar com seus 2,5 milhões de seguidores no Instagram um pouco da sua vida, e imagens e textos que a inspiram. Muitos desses textos foram escritos por ela mesma, que conta que "gosta muito de escrever".
Os fãs já até pediram para a atriz lançar um livro. "Mas eu ainda sou meio tímida, na hora em que tiver de vir, virá", comenta. Alice revela que vê na sua avó, Maria Ignez, escritora e que aos 81 anos leciona cursos de memória, um incentivo e uma inspiração.
"É um universo [o da escrita] que eu gostaria de explorar. Escrever me faz bem. Mas acho também que é um universo que tem um lado profissional que eu acho que preciso respeitar. E quero me sentir pronta para isso", diz.
Enquanto não mergulha na literatura, Alice Wegmann diz acreditar que o Instagram pode ser, sim, uma ferramenta de diálogo entre as pessoas. "A gente tem muita coisa para dividir, compartilhar na vida."
Apesar dos haters, a atriz afirma que procura ser muito transparente e verdadeira nas redes sociais e não se priva de nenhum assunto com medo do que os outros possam pensar. Wegmann costuma se manifestar politicamente, inclusive nas eleições presidenciais de 2018, quando declarou seu voto em Fernando Haddad (PT), opositor ao atual presidente Jair Bolsonaro (PSL).
A atriz revela que quando um seguidor a incomoda muito com frases agressivas, ela bloqueia. Mas, em geral, procura conversar. "Se a gente pode dialogar com as pessoas, melhor." A estratégia da conversa também foi usada por ela no período em que fez a densa vilã Dalila, de "Órfãos da Terra", em 2019.
"Eu já perguntava o nome da pessoa, dava uma conversada, uma descontraída, para ela também entender que não é só aquilo, e aí acho que o contato com o público foi muito especial", diz a atriz, que estreou na televisão em 2011 na 18ª temporada de "Malhação".
Só teve uma vez, lembra a atriz, que um telespectador a assustou com a sua abordagem. Ela conta que estava no meio da novela, quando entrou no elevador de um shopping e um senhor ficou a olhando dos pés à cabeça. Quando abriu a porta do elevador, antes de sair, ele disse: "Você vai apanhar na rua."
"Ele me jogou uma praga ali na hora, que eu fiquei impactada. Não sei se ele fez uma brincadeira, mas o tom era mais sério. E me bateu mal na hora, fiquei meio culpada de alguma forma. Mas, na maioria das vezes, as pessoas eram muito carinhosas e sempre rolava um papo a mais."
Depois de Dalila, Alice Wegmann diz que tem muita vontade de fazer uma vilã bem-humorada, como a Carminha (Adriana Esteves), de "Avenida Brasil" (Globo, 2012), no ar atualmente no Vale a Pena Ver de Novo, ou a Nazaré (Renata Sorrah), de "Senhora do Destino" (Globo, 2004-2005).
Enquanto isso não acontece, ela segue de férias e aproveita o tempo livre para fazer cursos. Voltou a frequentar como ouvinte uma aula de cinema brasileiro na faculdade de comunicação social, na PUC (Pontifícia Universidade Católica) do Rio, curso que trancou para se dedicar à carreira de atriz. Frequentou também cursos de filosofia e história da arte. "Estudar para mim é fundamental", conclui.
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