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Bienal abarrotada faz vendas de livros crescerem, e editoras relatam recordes

Por Folha de São Paulo

08/09/2024 18h45 — em
Arte e Cultura



SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A lotação da Bienal do Livro de São Paulo neste primeiro final de semana tem se desdobrado em mais que aperto pelos corredores. As editoras relatam um aumento notável nas vendas de livros, e algumas delas apontam números recordes.

A Companhia das Letras, casa de maior porte no país, diz que teve o maior dia de sua história em bienais, incluindo São Paulo e Rio de Janeiro, neste sábado. É o mesmo que conta outra grande editora, a Sextante, que cresceu 50% em faturamento se comparado ao mesmo período da última edição.

"É uma alegria para a gente ver esse espaço lotado de jovens leitores, e isso mantém nossa esperança em transformar o país através da leitura", celebra a nova diretora de operações da Companhia, Mariana Zahar.

O outro maior grupo editorial do país, a Record, já tinha superado as vendas do primeiro final de semana da edição de 2022 faltando quase oito horas para acabar o domingo.

"Sempre se diz que o Brasil não é um país de leitores e a gente tem a cada Bienal comprovado que isso não é verdade", diz o diretor editorial Cassiano Elek Machado.

Também celebram resultados animadores casas como Rocco, HarperCollins e Cortez. A Intrínseca vendeu 82% mais neste sábado que no dia equivalente da Bienal anterior.

Os números impressionam, mas não exatamente chocam quem esteve no Distrito Anhembi neste primeiro final de semana calorento em São Paulo. A organização só vai contabilizar os visitantes ao final do evento, mas a sensação de congestionamento naquele pavilhão fechado era geral.

Mesmo com um espaço 15% maior que o Expo Center Norte, os corredores do evento se mantiveram abarrotados durante as tardes, com filas se confundindo umas com as outras, demoras imensas para usar o banheiro feminino e espera de horas para entrar nos estandes e, depois, pagar pelos livros.

Era difícil, no sábado e no domingo, encontrar regiões sem grupos sentados no chão. Muita gente recorreu ao piso para comer até pê-efes, porque as mesas e cadeiras se mostraram muito insuficientes.

Havia mais respiro em espaços menos comerciais como o Sesc e a ocupação Machado de Assis, mas algumas decisões se revelaram questionáveis, como pôr o principal palco, a Arena Cultural -onde se apresentaram influenciadores como Felipe Neto e best-sellers como Elayne Baeta e Raphael Montes-, ao lado de uma praça de alimentação, com pouco espaço de manobra.

A Bienal continua até o próximo domingo, dia 15, no recém-reformado Distrito Anhembi, zona norte de São Paulo.


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