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CEO da Latam questiona em post se 'Vale Tudo' influencia visão de brasileiros sobre cias aéreas

Por Folha de São Paulo

04/04/2025 11h00 — em
Arte e Cultura


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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Há quase uma semana no ar, "Vale Tudo" foi usada pelo CEO da Latam Brasil como exemplo em uma postagem a respeito de uma suposta visão negativa que brasileiros teriam sobre companhias aéreas.

Em uma postagem no LinkedIn, Jerome Cadier questionou se os exemplos retratados na companhia de aviação ficcional TCA poderiam afetar de maneira negativa a percepção da população do país sobre empresas de aviação —o que, segundo ele, não acontece em outros locais.

"A TCA é de propriedade e conduzida por pessoas sem escrúpulos e com ética muito duvidosa. Podemos não lembrar de 'quem matou Odete Roitman', mas lembramos que todos a odiavam. Será que eu mesmo, que na época nem sonhava em trabalhar em uma companhia aérea, não fiquei negativamente impressionado com o tipo de pessoas e relações descritas dentro da empresa?", escreveu.

"Será que isto não explica, mesmo que pouco, porque as companhias aéreas são vistas de forma tão negativa no Brasil (coisa que não acontece em outros países)?", continuou. Jerome disse ter o objetivo de refletir sobre como as pessoas podem ser influenciadas subliminarmente.

Ele ainda afirmou saber que algumas pessoas iriam comentar que as companhias aéreas no Brasil seriam mal vistas porque "operam mal ou não respeitam os seus clientes." "Me antecipo a estes comentários convidando todos que assim pensam a buscar fatos e dados comparando o desempenho das empresas brasileiras com as estrangeiras."

Nos comentários, muita gente discordou do questionamento de Jerome. "Acho que o problema de reputação se trata da falta de comunicação e de tratar o problema. Se não fosse eu resolver o problema e depois pedir uma reparação, estaria até agora aguardando um direcionamento e resolução", escreveu Carlos Fraga, que se define como gerente de operações.

Já outro perfil comentou que a novela retrata falta de ética nas classes sociais. "Se uma empresa fictícia tem o poder de afetar a imagem de um serviço, o problema está no serviço", opinou Fábio Leal.

Já um outro usuário afirmou concordar com o posicionamento do CEO e disse que o brasileiro é ensinado a não valorizar as empresas nacionais.

"Em nações como Inglaterra, Japão, China, Singapura, Taiwan, EUA, Emirados Árabes, Índia entre outras reconhecem e respeitam suas empresas como motores de progresso. Aqui, porém, muitas vezes são retratadas como vilãs. Espero que mudemos nosso mindset", escreveu Cristiano Pieroni.


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