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China pode banir filmes americanos após novas tarifas de Donald Trump

Por Folha de São Paulo

08/04/2025 19h45 — em
Arte e Cultura


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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A China considera proibir filmes americanos em seu território como retaliação às tarifas anunciadas por Donald Trump. A informação foi compartilhada, simultaneamente, por duas figuras públicas chinesas nesta terça-feira (8).

Liu Hong, editor da agência de notícias estatal Xinhua, e Ren Yi, neto de Ren Zhongyi, ex-chefe do Partido Comunista da província de Guangdong, divulgaram um conjunto idêntico de contramedidas às tarifas do presidente americano.

O texto impõe taxas sobre produtos agrícolas americanos, bloqueia entrada de aves do país na China e planeja "reduzir ou banir completamente a importação de filmes americanos".

A notícia vem após o governo chinês anunciar que não aceitaria a "natureza de chantagem" das tarifas impostas pelos Estados Unidos. Até a tarde desta terça-feira, os produtos chineses podiam receber uma tarifa de até 104% para entrarem nos EUA.

A indústria cinematográfica americana havia escapado de retaliação direta, já que filmes são considerados serviços, e não bens físicos.

Isso preocupa Hollywood, já que a China possui o segundo maior mercado cinematográfico do mundo. A bilheteria chinesa de "Um Filme Minecraft", principal estreia da semana passada, por exemplo, equivale a 10% da arrecadação total internacional do longa-metragem. No ano passado, filmes americanos arrecadaram US$ 585 milhões, hoje equivalentes a R$ 3,4 bilhões, na China.

As autoridades chinesas já controlam a distribuição de filmes no país, e produções estrangeiras só podem ser distribuídas por meio de empresas estatais, que mantém mantém padrões de censura e guarda os períodos mais lucrativos do mercado cinematográfico para estrear filmes chineses.


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