Daniel Radcliffe diz que apesar de discordar de J.K. Rowling não quer briga com autora
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O ator Daniel Radcliffe, 30, resolveu se manifestar sobre a polêmica em torno da autora de "Harry Potter", J.K. Rowling, que no último sábado (6) foi acusada de transfobia por internautas após compartilhar sua opinião sobre menstruação nas redes sociais. Radcliffe escreveu um depoimento ao site The Trevor Project onde diz que, apesar de discordar da escritora, não quer travar uma briga com ela. "Isso não é importante agora", afirmou. Ele também fez questão de reconhecer a importância de J.K. em sua carreira. "É inquestionável o fato de que ela é responsável pelo rumo que minha vida tomou, é alguém com quem eu tenho orgulho de ter trabalhado." Apesar do carinho pela autora, Radcliffe emitiu sua opinião. "Como ser humano eu senti necessidade de dizer algo nesse momento. Mulheres trans são mulheres. Está claro que precisamos apoiar as pessoas transgêneros e não-binários", escreveu. A autora da série de livros "Harry Potter" motivou revolta de fãs e membros da comunidade LGBT+ na internet após discordar de um artigo no Twitter sobre "pessoas que menstruam", implicando que o autor deveria ter usado apenas a palavra "mulheres". "'Pessoas que menstruam'. Tenho certeza que costumava haver uma palavra para essas pessoas. Alguém me ajude? Wumben? Wimpund? Woomud? [modificações propositais da palavra "Woman", inglês para mulher)], disse Rowling. J.K. Rowling rebateu comentários de internautas e disse que, embora conhecesse e amasse pessoas trans, apagar o conceito de sexo "remove a capacidade de muitos de discutir significativamente suas vidas". "Não é odioso falar a verdade", completou. A organização LGBTQ+ GLAAD acusou a autora de "alvejar pessoas trans" e incentivou seus seguidores a apoiar organizações que ajudam pessoas negras trans. JK Rowling também foi criticada por mais celebridades, incluindo Sarah Paulson e Jonathan Van Ness. Essa é a primeira vez que a escritora é criticada por suas visões sobre a comunidade LGBT+. Em dezembro, ela apoiou uma mulher que foi demitida por tuitar que as pessoas não podem alterar seu sexo biológico. Ela também foi criticada por acrescentar uma relação homossexual à série "Harry Potter" depois que os livros foram publicados. Nos últimos anos, debates entre ativistas transsexuais e feministas discutiram acaloradamente o que é ser mulher. Se discute se os direitos de mulheres transsexuais são compatíveis com os de outras mulheres, particularmente em relação ao acesso a espaços de um único gênero, incluindo refúgios para mulheres.
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