SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um próximo filme da franquia "James Bond" não deve sair tão cedo. A família que controla o universo do agente 007 está em pé de guerra com a Amazon, como mostra uma reportagem do jornal americano The Washington Post. Há três anos, é importante lembrar, a Amazon comprou os direitos de lançar os filmes da franquia, repassando US$ 6,5 bilhões aos cofres da Metro-Goldwyn-Mayer.

O futuro de Bond depende de Barbara Broccoli, que herdou o império de seu pai, Albert "Cubby" Broccoli. Por três décadas, ele decidia quando um novo filme poderia entrar em produção. A amigos, a herdeira diz não confiar na Amazon, uma empresa regida por algoritmos, que vende de aspiradores de pó a rolos de papel higiênico.

Enquanto isso, a empresa fundada por Jeff Bezos pensa estar sendo vítima de uma injustiça, embora seus executivos já admitam que os sonhos para a realização de "spin-offs" e de outros produtos, fora os filmes, tenham ficado distantes. De início, a empresa pensou em criar uma versão feminina para o agente, além de um programa de TV que seria exibido na Prime Video, a plataforma de streaming do grupo.

A Amazon critica Broccoli, afirmando que a herdeira age por instinto, em vez de adotar um comportamento profissional. Nos bastidores, a empresa diz que Broccoli dá um tratamento maternal à franquia. Ao que parece, a relação entre as partes estava fadada, desde o início, a uma crise. Já nas primeiras reuniões, a herdeira reclamava da forma como a empresa olhava para o agente secreto, tratando-o como um simples conteúdo.

O filme da franquia mais recente é "007: Sem Tempo Para Morrer", lançado em 2021. Com o longa, o ator Daniel Craig interpretou, pela última vez, o personagem principal nas telonas, após estrelas cinco obras.