Polícia investiga ex-motorista por morte de irmã de Regina Gonçalves há oito anos
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A Polícia Civil está investigando José Marcos Chaves Ribeiro por uma possível participação na morte de Therezinha Lemos Yamada, irmã da socialite Regina Gonçalves.
Acusado de tentativa de feminicídio contra a viúva do empresário Nestor Gonçalves, dono da fábrica de cartas de baralho Copag, o ex-motorista passou a ser suspeito pelo falecimento de Therezinha, em 2016. José Marcos, hoje foragido, entrou mais uma vez na mira da polícia após a descoberta de cartões em nome da irmã de Regina e de suas respectivas senhas em um cofre pertencente ao ex-funcionário da socialite carioca. Uma pistola Beretta, com cabo de madrepérola, também foi encontrada.
Na época da morte, os filhos de Therezinha disseram ter percebido o desaparecimento de vários objetos pessoais. Ela morava com a socialite e o ex-motorista em uma mansão no bairro de São Conrado, no Rio. José Marcos alegou desconhecimento sobre os pertences da irmã de Regina.
Therezinha faleceu em maio de 2016, aos 89 anos. Segundo João Chamarelli, amigo de Regina e porta-voz da família, o atestado de óbito indicou falência de múltiplos órgãos, choque séptico, infarto agudo do miocárdio e hipertensão arterial sistêmica como causas da morte. Ela foi levada para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) após passar mal.
Nas investigações recentes sobre a tentativa de feminicídio, empregados acusaram José Marcos de maus-tratos contra a socialite e sua irmã, como privação de alimentos, água, medicamentos e cuidados essenciais. De acordo com Chamarelli, o delegado titular da 12ª DP (Copacabana), Angelo Lages, informou à família sobre as investigações das circunstâncias da morte de Therezinha.
Na última terça-feira (27), a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro realizaram a Operação Dama de Ouros para tentar prender José Marcos Chaves Ribeiro. No entanto, ele não foi encontrado e é considerado foragido. O ex-motorista também responde pelos crimes de cárcere privado, violência psicológica e furto contra Regina Gonçalves.
Procurada pela Folha de S.Paulo, a defesa de José Marcos anunciou que não está mais representando o caso.
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