Silvio Almeida tem livros suspensos pela editora Record após acusações
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Record, que tem dois livros contratados do ex-ministro Silvio Almeida, aguarda a conclusão das investigações sobre as denúncias de assédio e importunação sexual contra o advogado para decidir o que fazer com eles.
O grupo editorial havia contratado, no início do ano, uma obra inédita do professor de direito e também programava para 2025 o lançamento de uma versão revista de "Racismo Estrutural", obra inicialmente publicada na coleção "Feminismos Plurais" organizada por Djamila Ribeiro na editora Jandaíra.
Os projetos foram suspensos depois de Almeida se tornar alvo de acusações de assédio sexual e, por isso, ser demitido do Ministério dos Direitos Humanos do governo Lula (PT). Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial, teria sido uma das vítimas do caso.
"Dadas as graves acusações contra o autor, o Grupo Editorial Record decidiu aguardar o processo e a defesa de Almeida para tomar uma decisão definitiva quanto aos livros", afirma a editora.
Além de "Racismo Estrutural", Almeida também tem outros livros publicados, como "Marxismo e Questão Racial: Dossiê Margem Esquerda", que saiu pela Boitempo em 2021, e "Sartre: Direito e Política", lançado pela mesma editora em 2017.
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