Protesto ou atentado ao pudor? Jovens ficam pelados na Universidade de Brasília
Uma manifestação feita por aproximadamente 20 estudantes da Universidade de Brasília (UnB), resolveu fazer um protesto inusitado no início da tarde desta segunda-feira.
O grupo complemente pelados se reuniu por volta das 14h em frente ao anfiteatro 9, , no Instituto Central de Ciências Sul (ICC).
A manifestação durou por volta de 10 minutos, foi feita em apoio a um jovem que fazia uma performance artística na tarde da última quarta-feira, e foi impedido por seguranças de ficar sem roupa na parte externa do local. A ação dos funcionários foi registrada por um cinegrafista amador.
O manifestante de 21 anos, que preferiu não se identificar, é um dos organizadores do “peladaço” e alegou que a ação dos seguranças foi violenta.
"Ele foi reprimido de forma violenta, o derrubaram no chão", relatou. Outra universitária informou que o ato não é considerado atentado ao pudor e que pretende escrever uma carta de repúdio ao reitor contra a ação dos seguranças. "Se tratava de uma apresentação sobre a imposição do perfil heterossexual na sociedade. Todo ano há atos com nudez e nunca houve repressão", garantiu.
Apesar da ação ser criticata, o ato do protesto não agradou a todos.
O aluno de direito Raphael Thimotheo, 20 anos, se diz contra a manifestação. "Essas atitudes não são convenientes em um espaço público como a UnB, apesar da nudez ser algo natural, as pessoas não estão acostumadas a se deparar com esta cena", defendeu.
O vídeo mostra a ação da segurança com o rapaz. A apresentação estava agendada para ocorrer no anfiteatro 9 do ICC, no entanto o aluno insistiu em caminhar sem roupas nos corredores, ele foi imobilizado, o jovem começou a gritar "me solta" e A UnB informou que o estudante está matriculado no Instituto Federal de Brasília (IFB).
Não é a primeira vez que os estudantes da UnB fazem “peladaço” no local. Em 2009 um grupo se reuniu para protestar contra o tratamento recebido por Geisy Arruda, na Universidade Bandeirante (Uniban), de São Bernardo do Campo, São Paulo. O ato contou com pouco mais de 150 universitários. A maioria usava apenas roupas íntimas, mas dez ficaram nus.
A então estudante foi hostilizada por usar roupas curtas e chegou a ser expulsa da Uniban, mas a escola voltou atrás após a repercussão na mídia.
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