Líder maçônico é acusado de estuprar mais de 12 mulheres em retiros espirituais
Manaus/AM - Jair Tércio, 63, líder espiritual de um grupo maçônico, está sendo investigado por suspeita de estuprar ao menos 14 mulheres nem Salvador, na Bahia. Além de estupro, ele também é acusado de torturar psicologicamente as vítimas.
Todas elas faziam parte de um grupo fundado e liderado por ele e teriam sido estupradas por anos. O caso repercutiu nacionalmente após ser exibido na noite desse domingo (2), no programa Fantástico da Rode Globo.
Em entrevista a uma repórter, uma das vítimas contou que foi abusada dos 16 aos 21 anos e que nesse período, foi obrigada a se afastar da família e amigos por ordem do religioso e também a trabalhar em uma escola pertencente a ele.
Para estuprá-las e mantê-las em silêncio, Tércio usava o argumento de que estaria “equilibrando os chacras” delas e avisava que caso elas deixassem a seita, a espiritualidade iria acertar as contas com elas:
“Ele nunca disse que faria algo contra quem saísse, mas que a espiritualidade resolveria. Dizia: “A espiritualidade vai te cobrar porque você teve a chance de viver perto de um iluminado e não aceitou”.
A jovem conta que após os estupros tinha crise de vômito e se tornou uma pessoa triste e oprimida, ela passou a frequentar o grupo em 2002 e apenas em 2014 criou coragem para deixá-lo.
Além dela, outras 13 mulheres já o denunciaram e procuraram ajuda junto a um grupo conhecido como “As justiceiras”, formado por advogadas, psicólogas, assistentes sociais, e ouvidores do Conselho Nacional do Ministério Público.
O religioso se manifestou por meio de seu advogado e afirmou que se relacionou com as vítimas, mas com o consentimento delas.
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