Eleições 2016: Execução de políticos alarma o Rio
RIO - Uma mistura entre assassinatos e política na Baixada Fluminense, Região Metropolitana do Rio, vem preocupando autoridades envolvidas no combate ao crime e na organização das eleições municipais. A Polícia Civil investiga a participação de políticos, traficantes e milicianos no homicídio de dois vereadores e quatro pré-candidatos da área nos últimos oito meses. Investigadores descartam uma razão comum para os crimes, mas apuram se disputas territoriais, rachas em grupos criminosos e motivações políticas estão por trás das mortes.
A Procuradoria Regional Eleitoral pediu a presença das Forças Armadas durante a campanha. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, decidirá se envia o pedido ao Ministério da Defesa. A Polícia Federal abriu inquérito para apurar a possível conotação eleitoral nos crimes.
— É uma oportunidade de aproveitar que as Forças Armadas já estarão no Rio para a Olimpíada. O que não pode acontecer é o direito ao voto ser restringido — diz o procurador regional eleitoral do Rio, Sidney Madruga.
A juíza Daniela Assumpção, que atua na 2ª Vara Criminal de Duque de Caxias e foi responsável por fiscalizar a propaganda eleitoral em 2014, afirma que a situação é “muito preocupante”.
— Esses casos de assassinatos aumentam muito a insegurança da população. Como fica o cidadão na hora do voto depois que vê uma liderança local ligada a uma milícia ser morta na porta de casa, à luz do dia? — questiona.
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