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Gleici, do BBB18, teve pai assassinado e passou fome; saiba mais sobre a sister

Por Portal Do Holanda

25/03/2018 14h43 — em
Famosos & TV



Uma das favoritas dos telespectadores de Big Brother Brasil 2018, Gleici Damasceno leva uma vida bem diferente do luxo do reality show, no Acre.  O jornal Extra deste domingo (25) contou mais sobre a história de vida da acreana.

Criada na zona Rural, Gleici passou fome e hoje vive em uma casa própria graças ao esforço da mãe que trabalhou por anos como empregada doméstica. O imóvel é de madeira e alvenaria e localizado na periferia da Baixada da Sobral, em uma das áreas mais violentas de Rio Branco.

Com cerquinha de madeira, a casa possui 1 quarto, 1 cozinha e 1 sala, divididos entre a mãe Vanuzia, o irmão mais velho e a sobrinha de 3 anos. Gleici dorme na sala.  Não há internet e nem TV a cabo, e a família assiste o programa em um ponto de TV paga cedido por vizinhos.

Até a adolescência, Gleici viveu na extrema pobreza, com a mãe sustentando três filhos sozinhos e ainda pagando aluguel. "Com um salário mínimo não dá para pagar tudo. Algumas vezes, eu os mandava tomar café na casa de um parente ou outro e, às vezes, não tinha o que fazer, eu fechava os olhos e deixava ir para escola sem tomar café mesmo”, se emociona Vanuzia.

Para conseguir comprar a casa, Vanuzia utilizou o dinheiro de uma rescisão contratual como empregada doméstica e conseguiu um empréstimo, e foi quando a família melhorou um pouco de vida.

Há três anos, o pai da jovem foi assassinado dentro de casa e na frente da sua irmã mais nova, por traficantes de droga que dominam a região. Dependente químico, o pai de Gleici se separou da sua mãe quando ela tinha apenas 6 anos.

Na mesma época, a mãe, de 39 anos, que trabalhava no gabinete de uma vereadora ganhando R$ 2 mil, e ainda fazia turno à noite como zeladora em um hospital para completar a renda, mas descobriu que tinha câncer no útero e precisou abandonar os empregos.

Com isso, Gleici precisou assumir as despesas da família, com um cargo comissionado na Assessoria da Juventude, no Governo do Estado. Com R$ 2.700, ela sustentava a família, comprava os remédios da mãe, pagava contas de água e luz e despesas dos irmãos, além dos alimentos comprados em 'fiado' no mercadinho da frente, e outros ítens básicos. Com o salário, ela ainda pagava metade da faculdade de Psicologia na Uninorte, que em 50% é financiada pelo Fies.

Para ir para o BBB, Gleici saiu do emprego e o dinheiro da exoneração está sendo usado para manter a mãe, que conta também com ajuda de vizinhos.

Começou a trabalhar aos 12 anos

 Gleici não ficou parada ao ver a mãe se esforçando sozinha: Aos 12 anos, ela decidiu trabalhar como babá e passou a ajudar nas despesas.  Muito estudiosa, ela ganhou de um amigo um vestido para a formatura no Ensino Médio. "Ela disse que não tinha condições de ir ao evento porque não tinha um vestido, e eu ofereci o meu, de Miss Acre Gay", conta o líder comunitário João Reis.

Outro forte de Gleici é a solidariedade: "Mesmo sendo pobre, ela sempre lutou por outras pessoas mais carentes que ela. De um lado, eram nossas mães fazendo de tudo para nos dar de comer, e nós fazendo de tudo para dar de comer aos outros", diz o melhor amigo dela.  Segundo ele, o trabalho comunitário evoluiu e Gleici quis criar uma associação e lutou por uma biblioteca comunitária. "O que motivava a Gleici era a história de vida do pai dela, que ela nem gosta muito de falar, mas levava ela a não aceitar aquilo que parecia ser seu destino", diz o amigo.

Mesmo com a história dura, o papel de 'coitadinha' não é aceito pela família.  "Gleici não gosta de ser coitadinha, de ser vitimizada. Ela lutou contra isso a vida toda e sempre disse que seria alguém na vida. A história dela é diferente porque ela nunca se acomodou, nunca se conformou. Minha filha não é a única daqui a passar por essas dificuldades, nem é melhor por causa disso. Em cada esquina aqui a gente encontra uma Gleici, mas poucas com a coragem e a determinação dela", diz a mãe.

Com informações do jornal Extra.

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O Portal do Holanda foi fundado em 14 de novembro de 2005. Primeiramente com uma coluna, que levou o nome de seu fundador, o jornalista Raimundo de Holanda. Depois passou para Blog do Holanda e por último Portal do Holanda. Foi um dos primeiros sítios de internet no Estado do Amazonas. É auditado pelo IVC e ComScore.

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