Caso Bernardo: Testemunhas revelam que madrasta sempre falava em 'dar fim' ao garoto
O julgamento dos suspeitos de matar o menino Bernardo Boldrini avança e chega ao terceiro dia nessa quarta-feira (13). Ontem seis testemunhas foram ouvidas e a sessão foi marcada por muitas revelações.
Entre elas, a feita por Andressa Wagner, ex-secretária do médico Leandro Boldrini, pai de Bernardo, que afirmou ter ouvido várias vezes a madrasta dizer que contrataria um matador de aluguel para “dar fim ao menino.
Ela pontuou ainda que a Graciele Ugulin sempre se referia ao menino como “estorvo” e que o relacionamento ruim era conhecida por todos. Uma outra ex-funcionária também confirmou a versão e contou que ouviu Graciele falar mais de uma vez que “ia arranjar um matador de aluguel para matar Bernardo”.
A vizinha da família, a quem o garoto chamava de mãe, Juçara Petri, relatou que o menino passava muito tempo em sua casa e sempre dizia que odiava a madrasta e a casa dele. Ele reclamava com frequência da falta de atenção do pai ele sentia acolhido pela família Petri.
Bernardo fazia acompanhamento psicológico e segundo uma de suas psicólogas, Ariane Schmitt, os sinais de maus tratos e danos emocionais eram visíveis no garoto evidenciando as péssimas condições em que vivia.
Ela conta que Boldrini não morreu no dia em que recebeu a injeção letal, mas morria um pouco todos os dias com a rejeição e a falta de amor da família. Na frente do júri ela declarou : "A morte de Bernardo não aconteceu em 4 de abril de 2014, ele teve a infância abortada. A morte foi lenta, gradual e contínua”.
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