Silvio Paulo dos Santos, de 36 anos, foi preso acusado de matar a esposa Ana Katarina da Silva, e esconder o corpo em uma parede falsa dentro da casa onde moravam, na zona Sul de São Paulo. 

Na madrugada do dia 2, o homem fez um buraco na parede do vão da escada, escondeu o corpo ali, concretou novamente o vão, pintou, e colocou um móvel em frente.

Ele procurou a polícia para denunciar o desaparecimento da mulher, após ser pressionado pelo tio da vítima, que estava preocupado com o sumiço. Mas Silvio entrou em contradição no depoimento e confessou o crime 15 dias depois. 

O crime aconteceu na manhã do dia 1º de julho, depois de uma briga. Os dois estavam juntos há seis anos, tinham um filho de 2 anos e outro de 4 anos. Recentemente, Ana Katarina havia pedido a separação e esperava o dia 10 de julho, quando receberia o salário, para sair de casa, conforme o depoimento de Santos à polícia. ​ Eles já haviam se separado em 2014 após um caso de Ana Katarina com outra pessoa, mas voltaram em janeiro deste ano. Ela chegou a registrar um boletim de ocorrência contra ele na época em que se separaram, quando ele a agrediu para revelar a senha do celular.   Amigas da vítima relataram que ele já havia forçado Ana Katarina a ter relações sexuais contra a sua vontade.



Na confissão, Santos disse que Ana Katarina o ofendeu e deu um tapa em seu rosto. Ele reagiu com um soco que a deixou desacordada e golpeou a vítima na barriga com uma faca de cozinha, de acordo com a polícia. Santos destruiu o celular da esposa. Quando questionado sobre onde estaria o corpo, mentiu novamente.  "Ele trabalhava como cozinheiro e disse 'cortei em pedaços, coloquei em sacos e distribuí'", disse a delegada. Após ser pressionado, o homem contou a verdade.  "Ele apontou para a parede e disse 'ela está ali'".

O corpo já estava em estado de putrefação e foi retirado pelos bombeiros, sendo encaminhado ao Instituto Médico Legal.  


Silvio deve responder por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Ele está em prisão temporária que pode durar até 15 dias. A polícia afirma que vai pedir a prisão preventiva para mantê-lo detido por mais tempo, enquanto responde à Justiça.