Um caso chocante está sendo investigado na Austrália, onde Nirmeen Noufl, de 53 anos, é acusada de matar e esquartejar o marido, Mamdouh Noufl, de 62 anos. O crime teria ocorrido em maio de 2023, e a polícia alega que a mulher agiu sozinha, motivada por um relacionamento abusivo.

De acordo com as investigações, Nirmeen teria utilizado uma serra elétrica para desmembrar o corpo do marido e descartado os restos em diversas sacolas plásticas, em lixeiras de residências e comércios do sudoeste de Sydney. Testemunhas relataram ter visto a mulher realizando algumas dessas ações, e outras afirmaram ter ouvido dela declarações que podem ser consideradas confissões.

A defesa de Nirmeen, por sua vez, alega que a mulher sofria de doenças mentais, como depressão e transtorno de estresse pós-traumático, e que o crime teria sido cometido em um momento de descontrole. O advogado de defesa argumenta que a mulher agiu em legítima defesa, após anos de abusos por parte do marido.

A acusação, no entanto, apresenta um quadro diferente. Relatórios policiais indicam que a polícia já havia sido chamada à residência do casal diversas vezes devido a denúncias de violência doméstica. Em um dos incidentes, Mamdouh teria ameaçado Nirmeen com uma faca.

Além disso, o Ministério Público alega que Nirmeen planejou o crime com antecedência. No dia do assassinato, o casal teria ido ao consulado egípcio para formalizar uma procuração, dando à mulher o poder de administrar os bens da família no Egito. Após o crime, Nirmeen teria viajado para o país, vendido as propriedades e retornado à Austrália com aproximadamente R$ 1,2 milhões.

A juíza Deborah Sweeney negou o pedido de liberdade provisória de Nirmeen, que continuará presa enquanto aguarda o julgamento. O caso está sendo acompanhado de perto pela opinião pública australiana, que se divide entre aqueles que acreditam na versão da defesa e aqueles que consideram a mulher culpada.