Advogado pede que juiz interdite Bolsonaro: “pelo bem comum da nação brasileira”
Um advogado do Ceará protocolou na Justiça Federal, na última sexta-feira (6), uma Ação Popular em que pede a interdição do atual presidente Jair Bolsonaro por “insanidade mental”. Segundo a revista Fórum, o Professor de Direito na Faculdade de Fortaleza (Unifor), Antônio Carlos Fernandes, de 69 anos, avalia que o chefe do Executivo não tem condições de estar no cargo que ocupa.
“Todos os dias praticamente, desde o início do governo em 1º/1/2019, ele assusta a nação e afronta a Constituição que jurou cumprir com declarações que transitam da escatologia à sandice e passando pela irresponsabilidade”, descreve o também professor do curso de Direito da Faculdade de Fortaleza (Unifor).
Ainda segundo a revista, Fernandes já está acostumado a usar o recurso da Ação Popular. Em 2017, conseguiu, através da mesma ferramenta, derrubar um decreto do então presidente Michel Temer que extinguia a Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca). “É um instrumento legal que os brasileiros pouco usam”, disse ao jornal O Povo.
“O interditando não respeita atacando minorias; expressando seus preconceitos de origem em relação aos nordestinos; de raça e etnia, quando ataca quilombolas e índios; de cor quando afirma que um filho seu não casaria com uma negra; declarando ainda homofobia e misoginia em várias de suas falas, atacando finalmente, a Constituição de 1988, em seu artigo 3º, inciso IV”, pontua.
Ao final de seus argumentos, Fernandes pede para que o juiz interdite Bolsonaro “pelo bem comum da nação brasileira” e que “determine a produção de prova pericial nomeando uma equipe de expertos para atestar ou não a sanidade mental” do presidente.
Antonio Carlos ficou conhecido nacionalmente em 2015, quando um vídeo em que ele chama a então presidente Dilma Rousseff (PT) de “linda” viralizou na internet.
ASSUNTOS: Bolsonaro, insanidade mental, presidente do brasil, Brasil