Vice de Bolsonaro defende nova Constituição, sem passar 'por eleitos pelo povo'
SÃO PAULO - O vice de Jair Bolsonaro (PSL) na chapa a presidente, General Mourão (PRTB), defendeu nesta quinta-feira uma nova Constituição, mas feita por um grupo de juristas, constitucionalistas e notáveis. Segundo o entendimento do general, o texto poderia ser aprovado em plebiscito pela população, sem que fosse necessário a formação de uma Assembleia Constituinte.
No entender do general, a atual Constituição brasileira é muito detalhada e extensa. Por isso, ele defende uma nova carta mais enxuta, como a dos Estados Unidos.
—A carta tem que ser de princípios e valores, como a americana. O resto se o juro vai ser tabelado, o horário de trabalho do bancário. Isso é lei ordinária — afirmou Mourão, após agenda de campanha em Curitiba, na tarde desta quinta-feira.
Para elaborar essa nova Constituição, o general acredita que não é preciso eleger uma Constituinte, como foi feito em 1988, o que foi um erro, na avaliação do vice de Bolsonaro.
—Uma Constituição não precisa ser feita por eleitos pelo povo (...) Constituinte não é o caso. foi um erro que cometemos no passado — afirmou.
Segundo o general, a aprovação de uma Constituição sem passar por eleitos não fere a democracia.
—Já tivemos vários tipos de Constituição que vigoraram sem ter passado pelo Congresso, como a Constituição de 1946 - citou o general.
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