Após ataques do presidente Jair Bolsonaro, Wilson Lima e mais 19 governadores assinaram uma carta aberta com críticas ao presidente por declarações que “não contribuem para a evolução da democracia no Brasil”.

Segundo o Estadão, na carta são citados os recentes comentários de Bolsonaro sobre a investigação em curso do assassinato da vereadora Marielle Franco, nos quais ele se antecipa "a investigações policiais para atribuir fatos graves à conduta das polícias e de seus Governadores". Além de afirmar que o governador da Bahia, Rui Costa (PT),  "mantém fortíssimos laços" com bandidos.

Outro ponto levantado na carta, é a declaração de que Bolsonaro teria dito que zeraria os impostos federais sobre combustíveis se governadores abrissem mão do ICMS. Segundo a carta, são impostos vitais à sobrevivência dos Estados. A declaração do presidente, fez caminhoneiros realizarem manifestações. No Amazonas por exemplo, um chegou a se algemar em frente a Aleam, para pedir que o governador abrisse mão do ICMS.

Assinaram a carta os governadores Gladson Cameli (Progressistas-AC), Renan Filho (MDB-AL), Waldez Góes (PDT-AP), Wilson Lima (PSC-AM), Rui Costa (PT-BA), Camilo Santana (PT-CE), Ibaneis Rocha (MDB-DF), Renato Casagrande (PSB-ES), Flávio Dino (PCdoB-MA), Reinaldo Azambuja (PSDB-MS), Romeu Zema (Novo-MG), Helder Barbalho (MDB-PA), João Azevedo (Cidadania-PB), Paulo Câmara (PSB-PE), Wellington Dias (PT-PI), Wilson Witzel (PSC-RJ), Fátima Bezerra (PT-RN), Eduardo Leite (PSDB-RS), João Doria, (PSDB-SP) e Belivaldo Chagas (PSD-SE).

Não assinaram Ronaldo Caiado (DEM-GO), Mauro Mendes (DEM-MT), Ratinho Júnior (PSD-PR), Marcos Rocha (PSL-RO), Antônio Denarium (PSL-RR), Carlos Moisés (PSL-SC) e Mauro Carlesse (DEM-TO).