No Brasil, o Inep utiliza o braile para incluir alunos cegos no Enem
O Dia Mundial do Braile é comemorado neste sábado, 4 de janeiro, data de nascimento do criador do sistema de leitura e escrita, usada mundialmente pelas pessoas com deficiência visual. O francês Louis Braille ficou cego aos 3 anos de idade e, aos 20 anos, conseguiu formar um alfabeto com diferentes combinações de 1 a 6 pontos, que se espalhou pelo mundo.
Seis pontos em relevo, distribuídos em duas colunas, o braile possibilita a escrita de alfabetos, números, pontuação, cálculos matemáticos, de química e física, fonética e partituras musicais. A data marca a importância do sistema braile, como meio de comunicação e informação, para promover o desenvolvimento de pessoas com deficiência visual.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) está entre os órgãos públicos e entidades no Brasil que trabalham para ampliar a disponibilização de recursos de acessibilidade para pessoas cegas.
Desde 2015, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) aplicou 2.065 provas em braile. Elas têm a impressão verificada e validada pela equipe da Fundação Dorina Nowill para Cegos diretamente na gráfica.
“O Inep tem avançado bastante nessas questões de acessibilidade, por exemplo, a prova do Enem em braile e agora a correção das redações que também será feita em braile”, disse a pesquisadora do Inep e professora Candice Aparecida Rodrigues Assunção. Ela é deficiente visual e acumula no currículo uma vasta experiência no debate de inclusão educacional do deficiente visual.
Além disso, o Inep disponibiliza ao participante deficiente visual do Enem quatro recursos de acessibilidade: ledor, transcritor, hora adicional e sala de fácil acesso. Assim como os candidatos com baixa visão, o cego também pode utilizar materiais próprios, se preferir, como: máquina Perkins, punção, reglete, assinador, tábuas de apoio, sorobã e cubaritmo – instrumentos que auxiliam na escrita e em cálculos para pessoas cegas.
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