A defesa de Erika de Souza Vieira, 42, que foi flagrada com o tio morto em uma agência bancária no Rio de Janeiro, em abril, solicitou a nulidade do processo nesta terça-feira (12) durante a primeira audiência do caso.

A advogada Ana Carla Correa afirmou que Erika não cometeu vilipêndio de cadáver nem estelionato. Segundo a defesa, para configurar o crime de vilipêndio, é necessária a intenção de desrespeitar o cadáver, o que Erika, que apresentava problemas psiquiátricos, não tinha. Em relação ao estelionato, Correa argumenta que a lei exige a representação da vítima, que está morta, para que o crime seja denunciado. A falta de um representante no processo, segundo a advogada, justifica o pedido de nulidade.

Erika não compareceu à audiência na 2ª Vara Criminal de Bangu, pois está internada em uma clínica psiquiátrica. Seu filho, Lucas Nunes dos Santos, relatou que a mãe fazia uso abusivo de remédios e estava frequentemente entre realidade e alucinações.

A próxima audiência está marcada para 18 de fevereiro de 2025. Correa acredita que, devido à boa resposta ao tratamento, Erika poderá comparecer até lá.

Relembre o Caso

Erika foi presa ao tentar sacar um empréstimo acompanhada do tio morto, Paulo Roberto Braga. Em um vídeo, ela tenta fazer com que ele assine um documento, apesar de ele já estar sem vida. Paulo, de 79 anos, havia sido internado devido a problemas respiratórios e morreu um dia após receber alta.