O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, vai remeter à Procuradoria Geral da República (PGR) na próxima segunda-feira (25) o relatório final do inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado articulada para manter Jair Bolsonaro (PL) no poder após sua derrota nas eleições de 2022. O relatório, que inclui investigações sobre fake news, milícias digitais e tentativas de fraudar o processo eleitoral, indiciou 37 pessoas, incluindo Bolsonaro, o ex-ministro Braga Netto e ex-comandantes das Forças Armadas.

Apesar da grande relevância do caso, Moraes deve manter o sigilo do relatório, com a intenção de garantir uma análise mais tranquila e cuidadosa da PGR. A decisão de manter o sigilo visa proporcionar ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, tempo e espaço para uma avaliação minuciosa de todo o material, considerando também outras investigações, como as envolvendo fraudes em vacinas e desvio de itens do acervo presidencial.

Gonet, que já tem acesso a uma ampla gama de informações, planeja analisar o caso de forma abrangente antes de tomar qualquer decisão. A expectativa é que a denúncia sobre a tentativa de golpe seja formalizada somente no início de 2025, uma vez que a PGR busca um estudo detalhado dos fatos, para garantir a consistência das acusações.