Antes de morrer com coronavírus no Rio, cônsul denunciou abandono por equipe médica
A morte de José González Seba, 60, cônsul honorário de Suriname, na última quarta-feira (25),em um hospital da Rede D’Or do Rio de Janeiro, está repercutindo na imprensa nacional e internacional. Isso porque um José deixou vários áudios relatando descaso da equipe médica durante o período em que ele ficou internado.
Em um dos arquivos, ele conta que passo dois dias defecado e quase um dia inteiro sem beber água porque os médicos e enfermeiros tinham medo de ser contaminados pelo vírus:
“Reconheço que as pessoas devem estar em pânico, os profissionais de saúde. Agora, deixar um paciente isolado e defecado por mais de dois dias, sem atendimento mínimo de higiene, isso é intolerável”, desabafou.
Seba foi internado no último sábado com sintomas intensos de falta de ar e febre. Ele tinha diabetes e pertencia ao grupo de risco. Exames mostraram que os dois pulmões dele estavam bastante inflamados e por isso, ele foi direto para a UTI. Quatro dias depois ele foi a óbito.
Segundo o jornal O Globo, o advogado da família diz que vai usar os áudios que ele deixou para mover um processo por negligência para punir o hospital pelo tratamento dispensado a vítima. A rede D’Or não se manifestou sobre as acusações.
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