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Ao lado de Moraes, novo chefe da PF em SP diz que vai combater fake news

Por Folha de São Paulo

12/07/2024 18h15 — em
Brasil


Foto: Divulgação / Comunicação Social da Polícia federal

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O novo superintendente da Polícia Federal em São Paulo, Rodrigo Luis Sanfurgo, tomou posse nesta sexta-feira (12) prometendo combate "incansável" contra as fake news no ano eleitoral.

Ao lado dele no palco, estava o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, que é relator de inquérito sobre o tema que já dura mais de cinco anos. Além dele, estavam o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues.

"Nós estamos em um ano eleitoral. E, pelo fato de estarmos em um ano eleitoral, é muito importante essa preocupação [com o combate às fake news]", disse, depois do discurso, em entrevista coletiva.

"[Trabalhamos para] permitir que a verdade prevaleça nesse período e possibilite que todos continuem acreditando na lisura do nosso processo eleitoral", disse.

O antigo responsável pela regional de São Paulo, Rogério Giampaoli, foi escolhido para assumir um cargo no exterior.

Sanfurgo já atuou na Lava Jato, operação que teve o presidente Lula (PT) como um de seus alvos. Em entrevista, questionado sobre o fato de assumir o cargo na gestão do petista e sobre sua atuação na operação, o delegado afirmou que essa foi apenas uma das investigações na qual trabalhou e que é uma honra assumir o posto.

Ele também já trabalhou por longos períodos em São Paulo. Até semana passada ele era o número 2 da Polícia Judiciária da Superintendência da PF no estado.

No começo de 2023, Sanfurgo chegou a comandar a Superintendência Regional da Polícia Federal em São Paulo durante a ausência de Giampaoli.

ATUAÇÃO NA LAVA JATO - O atual chefe da PF em São Paulo ganhou notoriedade durante a Operação Lava Jato após entrar na equipe, em 2016.

Foi a ele que o ex-ministro Delfim Netto confessou, em depoimento, ter recebido R$ 240 mil em espécie da Odebrecht

Delfim, porém, disse não saber que o dinheiro viria do setor da empreiteira responsável pelo pagamento de caixa dois. Ele ainda contou a Sanfurgo que o pagamento se deu por serviços de consultoria concedidos à Odebrecht por anos.

Também foi Sanfurgo quem comandou uma operação de busca e apreensão em endereços ligados ao ex-ministro Antonio Palocci, em 2016.

Durante a posse nesta sexta-feira (12), o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, fez um discurso em que criticou a espetacularização de ações, método que marcou a Lava Jato.

"Trabalhamos para que a Polícia Federal resista ao tempo e às intempéries, seja um porto seguro seguro do Estado democrático de direito. Os desvios e iniciativas por motivações políticas, a espetacularização de ações, a personalização de operações, assim como a desvalorização dos servidores, não se amoldam a uma polícia de Estado", disse, em discurso.

O ministro da Justiça, por sua vez, ressaltou a independência da corporação suas investigações.

A um público de policiais, Lewandowski citou limitações da PF e "minguado contingente" de cerca de 12 mil pessoas da corporação. "Temos um orçamento modesto, que foi agora, infelizmente, nessa situação de crise orçamentária, foi substancialmente diminuído", disse.


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