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Após defender Temer, Alckmin diz que PSDB não deveria ter indicado ministros

Por Agência O Globo

08/07/2017 18h07 — em
Brasil



SÃO PAULO - Um dos principais defensores da permanência do PSDB no governo de Michel Temer ao longo do último mês, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, deu sinais de que pode apoiar o desembarque do partido do governo federal. Em visita ao interior do estado neste sábado, Alckmin afirmou que defendia, no ano passado, que o PSDB nem participasse dos ministérios de Temer e disse que os tucanos devem se comprometer apenas com as reformas. A eventual saída do partido deverá ser discutida em uma reunião marcada para segunda-feira em São Paulo, com a presença de governadores, senadores e outras lideranças do PSDB, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

— Eu já defendi lá atrás que não deveríamos nem ter participado com indicação de ministros. Você pode apoiar as reformas, projetos de lei, medidas de interesse da comunidade sem precisar ter participação governamental. No entanto, a posição do partido foi de participar. Acho que a gente deve completar esse ciclo de reformas. A reforma trabalhista vai ajudar a aumentar o emprego no Brasil, estimular a empregabilidade e diminuir a informalidade — afirmou o governador, após participar de uma cerimônia de entrega de 60 casas em Rubiacéa, município de 2,7 mil habitantes a cerca de 490 quilômetros da capital paulista.

Em abril do ano passado, Alckmin chegou a defender que o PSDB não deveria participar do ministério que estava sendo formado por Michel Temer, que acabara de assumir após o afastamento de Dilma Rousseff. Após reunião com o senador Aécio Neves (PSDB-MG) no dia 28 daquele mês, o tucano paulista passou a dizer que o partido não deveria pedir nenhuma pasta, embora pudesse participar do governo que estava se formando.

Já em junho deste ano, Alckmin foi apontado como r, ao lado de Aecio. Possível candidato à Presidência da República em 2018, o governador paulista também defenteu Temer depois que a Procuradoria-Geral da República o denunciou por corrupção, ao declarar que .

Segundo Alckmin, lideranças do PSDB devem fazer uma “reunião informal” em São Paulo na segunda-feira à noite para discutir os rumos que o partido deve tomar em relação ao governo Temer. Na última quinta-feira, o senador e presidente interino do partido, Tasso Jereissati (PSDB-CE) afirmou que o presidente está “caminhando para a ingovernabilidade” e sinalizou que o partido pode apoiar um eventual governo do presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (PMDB-RJ).

— Não é uma reunião da Executiva. É uma reunião informal para avaliação do momento político que o país está passando, que é uma situação grave — afirmou Alckmin neste sábado. — Conversando com o presidente Fernando Henrique, nós levantamos a ideia de trocar uma ideia com alguns senadores, governadores.


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