Após falso endereço, Suzane pode perder induto do Dia dos Pais
A sindicância que apurou a conduta de Suzane von Richthofen ao dar falso endereço na saída temporária de Dia das Mães concluiu que a presa não agiu de 'má-fé' e sugere à Justiça, como penalidade pela infração, a suspensão temporária do direito as saídas temporárias por seis meses - com isso, ela pode perder o benefício no Dia dos Pais e Dia das Crianças.
O documento, do último dia 24, é assinado pela diretora da penitenciária Santa Maria Eufrásia Pelletier, a P1 em Tremembé, onde Suzane é interna desde que foi condenada em 2006 pela morte dos pais. O crime foi em 2002.
A sindicância foi instaurada depois que Suzane foi para uma casa na zona rural de Angatuba (SP) na saída temporária de Dia das Mães. Ela foi para a cidade a convite da família de uma colega do presídio.
Como o endereço desta interna estava desatualizado no cadastro da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), houve divergência entre o endereço informado por elas e a casa onde Suzane foi encontrada após reportagem do Fantástico no último dia 8. Os dois imóveis eram próximos.
Sobre o episódio, a direção do presídio conclui que na conduta de Suzane não houve crime, nem má-fé de Suzane ou da pessoa que a hospedou. "Em momento algum utilizou de artimanhas para descaracterizar seu paradeiro", informou a direção da penitenciária.
As conclusões ainda serão apreciadas pelo Ministério Público, que vai emitir um parecer antes do documento ser entregue à Justiça, responsável por impor a penalidade à presa.
Semiaberto
Se for confirmada essa penalidade, Suzane será mantida no regime semiaberto - em que cumpre pena desde o fim do ano passado -, mas será considerada uma presa com 'conduta rebaixada'. Na prática, ela vai ficar em um período de observação para tentar reconquistar o direito às saídas.
No entanto, apesar do relatório da sindicância, pode haver conflito no parecer da promotoria e na decisão da Justiça. O MP e o Judiciário podem decidir impor outras penas à Suzane.
O MP ainda não recebeu o documento da direção do presídio. Não há prazo para Vara de Execuções Criminais (VEC) analisar o caso.
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