Após justiça confirmar decisão, viúva de apóstolo Rina assume liderança da Bola de Neve
A Justiça de São Paulo (TJSP) confirmou, nesta quarta-feira (18), a decisão que determina que a pastora Denise Seixas, viúva do apóstolo Rinaldo Luiz de Seixas Pereira (apóstolo Rina), assuma a liderança da Igreja Bola de Neve. A decisão reafirma o direito de Denise, com base no estatuto da igreja, de assumir a presidência após a morte de seu marido, falecido em novembro deste ano.
No último dia 12, o TJSP já havia reconhecido parcialmente o pedido de Denise para afastar a atual diretoria da igreja e impedi-la de tomar decisões administrativas, sob pena de multa. A Justiça entendeu que Denise havia sido nomeada vice-presidente conforme o estatuto e que, com a morte de Rina, ela deveria assumir o cargo de presidente.
Denise agora trabalha na nomeação de novos líderes para os departamentos da igreja, com foco em transparência e auditoria nos contratos da instituição.
Posição da atual diretoria
Em nota, a defesa da atual diretoria da Bola de Neve afirmou que Denise renunciou ao cargo de vice-presidente em agosto deste ano, por meio de um acordo. A diretoria informou que recorrerá da decisão judicial, alegando que a renúncia é válida e que o processo de reintegração de posse da sede da igreja, onde Denise foi impedida de entrar, está em andamento.
A diretoria também defendeu que a gestão financeira da igreja segue as boas práticas legais, com auditorias anuais feitas por empresas de renome.
Divórcio e disputas internas
Antes do falecimento de Rina, Denise e ele já estavam em processo de divórcio, que foi suspenso após um acordo entre as partes. Após a morte de Rina, o processo de separação foi extinto. A disputa judicial entre a viúva e a diretoria da igreja começou quando a atual liderança alegou que Denise havia renunciado ao cargo de vice-presidente, algo contestado pela Justiça, que declarou a validade da nomeação dela para a presidência.
A disputa continua, com a viúva buscando assumir o controle da igreja, enquanto a diretoria atual contesta a decisão judicial.
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