Atirador ficou cara a cara com irmã e a poupou de massacre em Suzano
Uma testemunha ouvida pela polícia afirmou que o assassino Guilherme Taucci, 17, poupou a irmã do terceiro suspeito de envolvimento no massacre em Suzano durante a ação. O jovem de 17 anos foi apreendido nesta quarta-feira (19).
Segundo o UOL, a testemunha contou que o suspeito afirmou por meio de mensagens que Taucci reconheceu sua irmã na escola e deixou a garota sair sem ser ferida. Os depoimentos coletados na investigação mostram, segundo a polícia, que o suspeito teria ajudado Taucci a planejar o atentado, mas que não sabia quando seria executado.
Taucci e Luiz Henrique de Castro mataram sete pessoas dentro da escola estadual Raul Brasil, em Suzano, no último dia 13. Antes, eles mataram o tio de Taucci em uma locadora de carros, perto da escola.
Apreendido hoje cedo, o adolescente foi interrogado por cerca de duas horas no Fórum de Suzano na última sexta-feira (15). Antes, na quarta-feira (13), ele foi ouvido pela polícia.
Em uma conversa pelo WhatsApp com uma pessoa não identificada pela polícia em 18 de outubro do ano passado, o suspeito relatou qual seria sua "estratégia para fazer o atentado" na escola Raul Brasil.
No dia do massacre, ele escreveu novamente para o contato desconhecido, pediu para apagar a conversa e disse não estar chocado com a tragédia. "É uma coisa que eu faria mesmo. Porém, minha irmã estava lá".
A juíza Érica Marcelina Cruz, da Vara da Infância e da Juventude, determinou a internação provisória do jovem por 45 dias em uma unidade da Fundação Casa, após pedido do promotor de Justiça Rafael do Val.
ASSUNTOS: escola em Suzano, massacre, tiroteio, Brasil