Bebê de oito meses atropelada em Copacabana é enterrada nesse sábado
RIO - Insones e à base de calmantes (Rivotril em gotas), Darlan Rocha, de 27 anos, e Niedja Araújo da Silva, de 24 anos, não escondem a dor pela perda de Maria Louise, a filha do casal de apenas oito meses que morreu no atropelamento ocorrido na noite de quinta-feira na Praia de Copacabana. Abraçados ao corpo da menina, que está dentro de um pequeno caixão sendo velado na capela 3 do cemitério São João Batista, em Botafogo, os pais do bebê não param de chorar.
— Quero meu bebê de volta, minha menininha, meu neném. Quero ela no meu colo de novo - repete Niedja chorando sem parar.
Ayrla Cecília da Silva, de 7 anos, filha de Niedja e meio-irmã do bebê morto no atropelamento, também não para de chorar.
— Quero minha irmãzinha de volta, quero ela de volta para mim - repeti a ela para uma tia sentada num banco em frente à capela onde o corpo de bebê está sendo velado.
Ayrla estava com a família no momento do acidente e teve apenas pequenas escoriações.
Os pais do bebê passaram a noite na casa do pastor Isaías Domingos Vieira, da Assembleia de Deus, da qual são fiéis. Segundo o pastor, os dois não conseguiram dormir um minuto sequer tamanha a com saudade do bebê.
Ele contou que o advogado Carlos Nascimento, da Assembleia de Deus, assumiu o caso e vai entrar na justiça contra o homem que atropelou 17 pessoas na Praia de Copacabana com um pedido de indenização para os pais do bebê morto. Isaías Vieira disse que o sepultamento poderá ser pago pela igreja, mas que a prefeitura também acenou com essa possibilidade. Isso ainda não está decidido. Em nenhum momento a família foi procurada pelo atropelador ou por algum parente seu.
Cerca de 20 pessoas entre parentes e amigos participam do velório. A família aguarda chegada de moradores da Ladeira dos Tabajaras para participarem da cerimônia. O sepultamento está marcado para às 16h deste sábado.
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