A Câmara dos Deputados aprovou o uso da cota parlamentar para cobrir despesas com despacho de bagagem e pacotes de internet em voos e aeroportos. A medida foi definida pela Mesa Diretora em dezembro, mas publicada apenas na última sexta-feira (10). Com isso, parlamentares poderão usar o benefício para adquirir os serviços diretamente ou pedir ressarcimento posterior. O "cotão", que pode chegar a R$ 51,4 mil mensais por deputado, já custeia despesas como passagens aéreas, alimentação e hospedagem.

Em 2024, a Câmara gastou R$ 35,3 milhões em passagens aéreas, parte dos R$ 227,7 milhões da cota parlamentar no ano. Além de bagagem e internet, deputados podem usar o benefício para passagens de assessores, filhos e netos com até seis anos. Fora da cota, cada deputado ainda tem direito a quatro viagens de ida e volta por mês entre Brasília e seu estado de origem.

Segundo a Mesa Diretora, a inclusão desses serviços busca aprimorar o uso da cota, mantendo o foco nas atividades parlamentares. Apesar das críticas, o benefício é visto como uma maneira de facilitar o trabalho dos deputados, especialmente aqueles de estados distantes. O ato não amplia a lista de 15 categorias de despesas já previstas, mas adapta o uso para atender às novas demandas.