Caso Marielle: Ronnie Lessa pede para depor sem a presença dos irmãos Brazão
O ex-policial Ronnie Lessa, assassino confesso da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, iniciou nesta terça-feira (27) seu depoimento em audiência virtual no Supremo Tribunal Federal (STF). Durante a sessão, o advogado de Lessa, Saulo Carvalho, pediu que os demais réus deixassem a videoconferência, sendo representados apenas por suas defesas.
O juiz Airton Vieira atendeu ao pedido, e Lessa afirmou que não se sentia confortável na presença dos outros réus, mencionando um "pacto de silêncio" e descrevendo-os como "pessoas de alta periculosidade".
Lessa, preso desde 2019, começou seu depoimento detalhando seu relacionamento de longa data com os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, que, segundo sua delação premiada, seriam os mandantes do crime. Rivaldo Barbosa também teria conhecimento da execução, conforme Lessa. A sessão contou com perguntas do promotor Olavo Pezzotti e das assistentes de acusação das famílias de Marielle e Anderson.
A expectativa é que Lessa reforce os pontos de sua colaboração premiada. O depoimento segue com a participação do ex-policial Élcio de Queiroz, também réu colaborador, e posteriormente, as defesas dos réus poderão solicitar testemunhas ou diligências adicionais.
Na segunda-feira (26), o PM Robson Calixto Fonseca, conhecido como Peixe, foi internado no Hospital da Polícia Militar devido a uma úlcera na perna direita. A internação é por tempo indeterminado.
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