Chefe da PF afirma envolvimento de Bolsonaro em plano golpista: 'Não são vozes da minha cabeça'
O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou nesta quarta-feira (4) que as investigações indicam que o ex-presidente Jair Bolsonaro estava ciente do plano golpista para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva e manter-se no poder. De acordo com Rodrigues, as provas incluem depoimentos e trocas de mensagens que sustentam a acusação.
"Todos os elementos de prova indicam que sim, o ex-presidente sabia da trama golpista por isso, isso e isso. Depoimento, troca de mensagens. É uma investigação muito responsável. Não são 'vozes da minha cabeça'. Tudo que está posto ali tem sustentação fática", disse o diretor-geral, em conversa com jornalistas no Instituto Nacional de Criminalística (INC) da PF, em Brasília.
Embora o relatório de 884 páginas tenha sido concluído, o inquérito continua em andamento. A PF ainda apura a identidade de cinco militares envolvidos em um plano para matar Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin, o ministro do STF Alexandre de Moraes, e um possível quarto alvo, conhecido como "Juca". Novas diligências, como a apreensão de mídias e oitivas de testemunhas, estão sendo realizadas.
Nesta quinta-feira (5), a PF ouvirá novamente o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que firmou um acordo de delação premiada. O depoimento ocorre após o STF validar o acordo, e a PF questionará Cid sobre possíveis omissões e contradições em suas declarações.
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