O ex-seminarista Gil Rugai, condenado a 33 anos e nove meses de prisão pelo homicídio do pai Luiz Carlos Rugai e da madrasta Alessandra de Fátima Troitino, ganhou liberdade nesta quarta-feira (14), em Tremembé, São Paulo. A Justiça concedeu progressão para o regime aberto. 

Gil deixa a prisão após 20 anos. Ele estava na Penitenciária Dr. José Augusto César Salgado, também conhecido como o presídio dos famosos. Em julho de 2023, a defesa do ex-seminarista solicitou à Justiça a progressão de pena, sob alegação de que Gil "sempre ostentou um ótimo comportamento carcerário". 

Agora, com a decisão favorável da juíza Sueli Zeraik de Oliveira Armani, do Departamento Estadual de Execução Criminal, da comarca de São José dos Campos, Gil Rugai seguirá sendo monitorado por uma tornozeleira eletrônica e deverá cumprir medidas cautelares. 

Para Armani, Gil cumpriu o tempo exigido no regime semiaberto e não há registro de infrações disciplinares. “Com efeito, preencheu o lapso temporal necessário e seu comportamento carcerário é considerado ótimo pelo Serviço de Segurança e Disciplina do estabelecimento prisional”, diz a decisão da Juíza, acrescentando que Rugai não tem histórico de ocorrências negativas no regime semiaberto e teve resultados positivos nos exames criminológicos. 

Além da tornozeleira, o ex-seminarista deverá comparecer trimestralmente na Vara de Execuções Criminais ou na Central de Atenção ao Egresso e Família; deverá obter ocupação lícita no prazo de 90 dias, devendo comprovar que o fez; terá de permanecer na sua residência durante os finais de semana, feriados e repouso noturno, no período entre 20h e 06h; não poderá mudar da Comarca sem autorização e não mudar de residência sem comunicar o juízo. 

O crime - Rugai foi condenado pelas mortes do pai e da madrasta, ocorridas no dia 28 de março de 2004. Luiz foi assassinado com 6 tiros, enquanto Alessandra recebeu cinco tiros. 

Os assassinatos teriam sido cometidos após o pai descobrir que o filho estava desviando dinheiro da empresa da família. Na época, Gil tinha 20 anos, e sempre negou o crime. As vítimas foram encontradas na agência de publicidade que funciona na casa onde moravam em Perdizes, zona oeste de SP.