O ex-jogador Ronaldinho Gaúcho não compareceu à convocação para prestar depoimento perante a CPI das Pirâmides Financeiras, agendada para esta terça-feira (22). Diante dessa ausência, o grupo decidiu reconvocar o ex-atleta para comparecer na próxima quinta-feira (24), com a advertência de que, caso ele não compareça novamente, medidas de condução coercitiva serão tomadas.

A mesma situação se aplica ao irmão de Ronaldinho, Roberto Assis, e ao empresário Marco Lara, sócio da empresa 18K Ronaldinho. A companhia alegava retornos diários de 2% por meio de investimentos em criptomoedas e na bolsa de valores, com a possibilidade de aumento para 7% caso o cliente trouxesse mais um participante para o esquema.

A marca de Ronaldinho Gaúcho foi indevidamente usada em relação a esses investimentos. O ex-atleta já afirmou em ocasiões anteriores que sua imagem foi explorada de forma inadequada. No entanto, os lucros prometidos, muito acima das taxas normais do mercado, não eram efetivados, resultando na denúncia do caso.

O Ministério Público de São Paulo também está investigando o caso e não encontrou registros que confirmassem a participação de Ronaldinho como sócio do empreendimento.

Ronaldinho foi convocado a depor perante a CPI na qualidade de testemunha, o que torna sua presença obrigatória. Tanto ele quanto seu irmão entraram com pedidos de habeas corpus junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para evitar o depoimento. O STF decidiu que ambos poderiam permanecer em silêncio, mas não precisariam produzir provas contra si mesmos.

A defesa de Ronaldinho posteriormente apresentou um novo recurso, alegando que ele não estava ciente da convocação e, portanto, não poderia comparecer. Essa alegação também se aplica ao seu irmão, que atua como seu empresário.

Membros da CPI relataram sob anonimato que não conseguiram estabelecer contato com o jogador e que não possuem informações sobre seu paradeiro atual. A reportagem também não conseguiu localizar Ronaldinho, seu irmão ou suas respectivas defesas para comentários, tampouco obteve êxito em contatar Marco Lara, o sócio da empresa 18K.