Defesa de Bolsonaro diz que mentira sobre convite teria 'rigorosas consequências'
Os advogados de Jair Bolsonaro solicitaram ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, a liberação do passaporte do ex-presidente para uma viagem aos Estados Unidos entre os dias 17 e 22 de janeiro. O pedido foi justificado com a apresentação de um e-mail recebido por Eduardo Bolsonaro, indicando um convite para participar da posse de Donald Trump. O passaporte de Bolsonaro foi apreendido em 2024, durante investigação sobre tentativa de golpe de Estado.
A defesa alegou que o e-mail, com o domínio "t47inaugural", é legítimo e anexou imagens do site oficial da posse de Trump como prova. Moraes, no entanto, exigiu documentação formal que comprovasse o convite, incluindo detalhes como programação e horário do evento. Internautas apontaram que o e-mail em questão pode ser obtido por qualquer pessoa ao se cadastrar no site indicado.
Os advogados destacaram que eventuais mentiras sobre o convite podem trazer "rigorosas consequências" e pediram agilidade na liberação do documento. Moraes encaminhou o recurso para análise da Procuradoria-Geral da República antes de tomar uma decisão. Bolsonaro precisa de autorização judicial para deixar o país devido às investigações em curso.
O "baile hispânico", parte da cerimônia de posse de Trump, seria o principal evento a ser atendido por Bolsonaro. A solicitação ocorre em um momento de intensa investigação sobre o papel do ex-presidente em supostos atos antidemocráticos, enquanto ele tenta manter relevância no cenário internacional e entre apoiadores políticos.
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