Delator e operador do esquema Cabral deixa a prisão em Benfica
RIO — O operador do ex-governador Sérgio Cabral e principal delator da Operação Calicute (versão da Lava-Jato no Rio), o economista Carlos Emanuel de Carvalho Miranda deixou neste domingo a Cadeia Pública José Frederico Marques, mais conhecida como Presídio de Benfica , na Zona Norte do Rio, onde pretendem acompanhar a saída de seu cliente. Após dois anos de prisão em regime fechado, ele passa agora a cumprir cinco anos de prisão domiciliar, por força do acordo de delação premiada homologado pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O ex-operador de Cabral ficará os primeiros dois anos em casa com visitas permitidas somente de pessoas devidamente cadastradas pela Justiça Federal, e acesso à internet de 6h às 20h, mas somente para assuntos ligados a atividades profissionais e de estudos.
Após dois anos nestas condições, Miranda passará o ano e meio seguinte em regime de prisão domiciliar semiaberta, quando poderá deixar a casa, das 6h às 20h, para exercer atividades profissionais e de estudos, autorizadas pela Justiça, restritas à Região Metropolitana do Rio. No ano e meio restante, o ex-operador cumprirá a domiciliar aberta, quando poderá sair das 6h às 20h para motivos diversos.
Miranda foi preso junto com o ex-governador em 17 de novembro de 2016. Desde quinta-feira, ele já estava com uma tornozeleira eletrônica. A saída era esperada pelos advogados desde a sexta-feira, mas problemas com a documentação atrasaram a liberação do delator.
Ao sair da prisão, Miranda foi recebido por familiares e por seu advogado. Ele não quis falar com a imprensa.
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