Dilma diz que ‘PT não vai sucumbir’ após pedido de cassação do partido
A ex-presidente Dilma Rousseff reagiu ao pedido do vice-procurador-geral eleitoral Renato Brill de Goés de cassação do registro do Partido dos Trabalhadores (PT). Em nota, a petista disse que a ação “mostra um jogo antidemocrático ao buscar calar a voz de adversários políticos do governo Bolsonaro”. Ela ressaltou que a tentativa evoca "tempos que não podem voltar” e que “o PT não vai sucumbir a essa tentativa canhestra de calar sua voz”.
O pedido de cassação do registro do PT é baseado em denúncia de suposto recebimento de recursos de empresas estrangeiras, ação que foi acolhida pelo vice-procurador-geral eleitoral Renato Brill de Goés.
Veja a nota completa de Dilma:
“NOTA À IMPRENSA
O pedido do vice-procurador-geral eleitoral mostra um perigoso jogo anti-democrático ao buscar calar a voz dos adversários políticos do governo Bolsonaro.
Curioso que parta de um membro do MPE o pedido, atendendo a denúncia fantasiosa de um deputado do PSL do Ceará.
É grave e sintomático dos tempos de Estado de Exceção que o Brasil vive. E, mais uma vez, ocorre baseado em convicções e nunca em fatos ou provas.
A medida traz lembranças amargas de uma época em que as vozes adversárias na política eram caladas com violência, quando não silenciadas para sempre.
Esses tempos não podem voltar.
O PT não vai sucumbir a essa tentativa canhestra de calar sua voz, que nesses 40 anos de existência sempre falou alto e forte em defesa do povo brasileiro, de seus direitos, na luta por um Brasil e um mundo mais justo e menos desigual.
Dilma Rousseff
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