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Dois detentos morrem em presídio, e defesa de Maluf revela ‘apreensão’

Por Agência O Globo

02/01/2018 19h01 — em
Brasil


Foto: Givaldo Barbosa

BRASÍLIA — Após dois detentos do Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, morrerem por parada cardíaca em pouco mais de 24 horas, a defesa do deputado federal (PP-SP), que está detido na unidade, divulgou uma nota registrando sua “extrema apreensão” com a situação. O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, questionou a capacidade do presídio de tratar Maluf, que tem 86 anos e sofre de diversos problemas médicos.

De acordo com a Subsecretaria do Sistema Penitenciário do Distrito Federal (Sesipe), um detento morreu na noite de domingo e o outro na madrugada de terça-feira. Os dois estavam presos preventivamente e ainda não haviam sido julgados. O nome e as idades deles não foram revelados.

O preso que morreu no domingo foi atendido pelo Corpo de Bombeiros. Ele já havia solicitado atendimento médico no dia 29 de dezembro, por dores lombares, e recebeu medicação. De acordo com a Sesip, “todos os procedimentos de intervenção foram tomados, mas a vítima não resistiu à parada cardíaca”.

Já o detento que morreu nesta terça-feira não havia solicitado atendimento médico em nenhum momento. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) fez o processo de reanimação, mas o interno não resistiu.

Em nota, Kakay lembrou que a Papuda informou à Vara de Execuções Penais de Brasília que tem condições de prestar a assistência médica a Maluf. Após receber a posição, no dia 22 de dezembro, . No dia 27, o magistrado determinou que o Centro de Detenção Provisória (CDP) da Papuda e o Instituto Médico Legal (IML) .

“O que causa perplexidade é que Maluf teve negado preliminarmente o pedido de prisão domiciliar porque a própria Papuda afirmou categoricamente ter condições de tratar um enfermo de 86 anos de idade. Afinal, onde estão os médicos de plantão? Onde está a estrutura médica especializada e o pronto atendimento?”, questionou o advogado.

Kakay ressaltou que, se a situação da Maluf não estivesse sendo discutida, a morte dos dois detentos não ganharia destaque, sendo parte do “flagelo que é o nosso sistema carcerário”. Para o advogado, a visibilidade do deputado deveria “chamar atenção para este drama real”.


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ASSUNTOS: Maluf, mortes, presídio, Brasil

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