As vacinas Coronavac, do Instituto Butantan, e a de Oxford foram aprovadas, de forma emergencial, neste domingo (17), pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária  (Anvisa), no entanto, o que era pra ser comemorado virou motivo para troca de acusações entre o governador de São Paulo, João Doria, e o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. 

"O Ministério da Saúde tem em mãos, neste momento, as vacinas tanto do Butantan quanto da AstraZeneca. Nós poderíamos, tanto num ato simbólico quanto numa jogada de marketing, iniciar a primeira dose em uma pessoa, mas, em respeito a todos os governadores, prefeitos e todos os brasileiros, o Ministério da Saúde não fará isso. Não faremos uma jogada de marketing", afirmou o ministro Pazuello, após o governador Doria ter usado sua coletiva para imunizar a primeira pessoa no país com uma vacina contra a Covid-19.

Pazuello ainda disse: "O nosso único objetivo nesse momento tem de ser o de salvar mais vidas e não o de fazer propaganda própria".

Ao ser questionado por um jornalista sobre as falas do ministro, João Doria então respondeu: 

"O governo federal já há onze meses faz golpes de morte contra os brasileiros, com o negaconismo e recomendação para o uso da cloroquina (...) frases lamentáveis, como: 'E daí?', 'pressa pra quê?', 'tome cloroquina que passa', 'já fiz tudo que podia', 'lavo as minhas mãos', isto sim é golpe na vida e na saúde, na índole dos brasileiros", rebateu.

O governador ainda falou sobre a iniciativa do Instituto Butantan, localizado em São Paulo, em produzir a vacina.

"A vacina do butantan é a única do Brasil, porque São Paulo fez, porque agiu, não foi o Ministério da Saúde e nem o ministro Eduardo Pazuello, não foi Jair Bolsonaro, foi o Butantan".