O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) condenou uma empresa de panificação na cidade Contagem, em Minas Gerais, a pagar R$ 5 mil de indenização a um funcionário, que era chamado de “tetinha” no local de trabalho.

De acordo com a denúncia, o trabalhador relatou que colegas de trabalho utilizavam o apelido em referência às suas características físicas, o que causava constrangimento.

No processo, o funcionário mencionou ter tentado impedir a propagação do apelido por toda a empresa, sem sucesso. A decisão judicial destacou que até mesmo diretores da empresa conheciam e utilizavam o apelido.

“O apelido foi iniciado pelo técnico de panificação, que não era o superior hierárquico. Com o tempo, o apelido pegou e todos da empresa o chamavam desta forma, inclusive os superiores. Até os diretores da empresa sabiam do apelido e o tratavam pela alcunha de 'tetinha”, afirmou um trecho do depoimento.

O TRT informou que a empresa admitiu que o apelido era conhecido internamente, embora o próprio funcionário tenha informado, ao ser contratado, que o apelido já existia antes de sua chegada à empresa.

A decisão da Justiça do Trabalho considerou a situação como danosa para a integridade moral do trabalhador, determinando o pagamento da indenização de R$ 5 mil.