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Ex-cunhada de Bolsonaro foi 'assessora fantasma' da família por 20 anos

Por Portal Do Holanda

05/07/2021 10h29 — em
Brasil


Andrea Valle - Foto: Reprodução Redes Sociais

A fisiculturista Andrea Valle, ex-cunhada do presidente Jair Bolsonaro, é suspeita de atuar como funcionária fantasma por 20 anos. Em todo esse tempo, ela ocupou o cargo de assessora e se revezou entre os gabinetes de Bolsonaro e dos dois filhos dele, Flávio e Carlos Bolsonaro.

Segundo uma reportagem divulgada hoje na coluna da jornalista Juliana Dal Piva, do Uol, Andrea confessou e detalhou em pelo menos duas situações, que participava de um esquema de rachadinhas liderado pelo presidente desde seus primeiros anos de mandato, ainda como deputado. 

As gravações foram entregues à jornalista e estão sendo divulgadas em uma série de reportagens intituladas “A vida secreta de Jair".

Andrea é alvo de uma investigação que apura o esquema de rachadinhas no gabinete de Flávio, mas antes, ela teria passado pelo gabinete de Bolsonaro onde atuou de 30 de setembro de 1998 a 7 de novembro de 2006 e também pelo gabinete de Carlos na Câmara Municipal do Rio, onde ocupou cargo de assessora de 8 de novembro de 2006 a setembro de 2008.

Em todo esse período, Andrea nunca atuou de fato na função e nem sequer morava em Brasília. Mesmo assim, recebeu cerca de R$ 675 mil líquidos. Conforme ela confidenciou à fonte que divulgou os áudios para Juliana, a maior parte desse valor era devolvido para o presidente e os filhos dele e apenas 10% ficava para ela.

Além de Andrea, mais de 10 familiares dela participavam do esquema, incluindo a irmã Ana Cristina Valle, que foi casada com Bolsonaro, o irmão e tio delas, todos são investigados.

"O tio Hudson também já tirou o corpo fora, porque quem pegava a bolada era ele. Quem me levava e buscava no banco era ele", diz a ex-cunhada em um trecho no qual se refere ao tio, o coronel Hudson. Levantamentos dos bancos entregues a polícia, mostram que entre de 2009 a 2016, o militar sacou mais de R$ 260 mil de suas contas. Os saques eram feitos sempre em montantes altos, o último foi de R$ 43 mil e coincide com o período em que a esposa, o filho e duas noras do coronel também ocupavam cargos na gestão de Flávio e Carlos Bolsonaro. 

 


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