Fake news sobre coronavírus são vistas quase 3 vezes mais que informações verdadeiras
Um estudo realizado por pesquisadores do Centro de Estudos e Pesquisas de Direito Sanitário (Cepedisa) da USP, do Centro de Análise da Liberdade e do Autoritarismo (LAUT) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Democracia Digital (INCT.DD), sediado na Universidade Federal da Bahia revelaram que os canais no Youtube que divulgaram fake news sobre o coronavírus tiveram quase três vezes mais visualizações do que as redes com informações verdadeiras sobre a doença.
Segundo a Folha de São Paulo, na primeira fase da pesquisa, mais de 11 mil vídeos foram analisados entre 1 de fevereiro e 17 de março, e 12.775 na segunda, entre 18 de março e 1 de maio. Entre as principais formas que os canais fazem para propagar a desinformação estão os que tratam o coronavírus como 'teoria da conspiração', 'com discurso religioso', médicos que associam as informações com a venda de produtos como 'solução' para o vírus e também os 'alimentos milagrosos' para aumentar imunidade. Todas ignoram a ciência.
"Não existe vacina nem tratamento específico para a Covid-19. Todo enfrentamento da epidemia agora depende de medidas comportamentais, que estão ligadas diretamente a informação", diz Daniel Dourado, do Cepedisa. "A única coisa que comprovadamente pode conter a epidemia é informação correta chegando às pessoas.", finalizou.
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