A Fórmula 1 anunciou nesta sexta-feira (24) o cancelamento do Grande Prêmio do Brasil, realizado anualmente no Autódromo de Interlagos, Zona Sul de São Paulo, devido à pandemia do novo coronavírus.

Segundo um site de notícias do Globo, pelo calendário oficial da Fórmula 1, a corrida de São Paulo aconteceria em 15 de novembro de 2020. Até o início deste mês, o governador de São Paulo, João Doria, ainda previa a etapa brasileira da disputa. Com a decisão da organização da Fórmula 1, será a primeira vez em 47 que o Grande Prêmio do Brasil não será realizado.

O prefeito Bruno Covas (PSDB) também havia defendido que os indicadores de saúde da cidade permitiam que o evento ocorresse com segurança. Paralelamente, àquela altura já corriam rumores de que a Fórmula 1 não teria nenhuma corrida nas Américas neste ano por conta da pandemia do novo coronavírus.

No entanto os organizadores do evento concluíram nesta sexta pelo cancelamento das corridas no Brasil, no Canadá, nos Estados Unidos e no México. Esta será a primeira vez desde a temporada de 1973, que o GP do Brasil não será realizado.

O presidente e CEO do evento, Chase Carey, disse que está ansioso para receber as corridas de volta ao cronograma em 2021. "Queremos saudar nossos incríveis parceiros nas Américas, e esperamos voltar com eles na próxima temporada, quando mais uma vez conseguirão emocionar milhões de fãs em todo o mundo", disse ele.

Um novo calendário da F1 para 2020 foi anunciado nesta sexta, com as datas para as corridas de Nürburgring, na Alemanha (9 a 11 de outubro), Portimão, em Portugal (23 a 25 de outubro), e Ímola, na Itália (31 de outubro e 1 de novembro).

Etapa brasileira indefinida

O futuro da etapa brasileira do Mundial está indefinido, já que o contrato com São Paulo terminaria neste ano, e ainda não houve renovação.

Além disso, a Prefeitura de São Paulo suspendeu o processo de licitação que concederia o Autódromo de Interlagos, na Zona Sul da capital, à exploração pela iniciativa privada, conforme publicado no Diário Oficial do Município em 28 de abril.

A gestão Bruno Covas (PSDB) informou que a decisão de interromper a concorrência pública se devia à conclusão do Tribunal de Contas do Município (TCM) de que o certame "não possui condições de prosseguimento".