Governo Bolsonaro diz ao STF que sabia sobre escassez de oxigênio em Manaus
Em um ofício do advogado-geral da União, José Levi Mello Júnior, encaminhado ao STF neste domingo (17), afirma que o Ministério da Saúde foi avisado no dia 08 de janeiro sobre a escassez de oxigênio nos hospitais de Manaus. No entanto, conforme a Folha de São Paulo, a possibilidade de um colapso no sistema de saúde da capital amazonense já era de conhecimento da pasta desde dezembro de 2020.
"Até então, o Ministério da Saúde não havia sido informado da crítica situação do esvaziamento de estoque de oxigênio em Manaus", afirma o advogado-geral. A pasta teve ciência no dia 8, "por meio de e-mail enviado pela empresa fabricante do produto".
O ministro Eduardo Pazuello esteve em Manaus nos dias 11, 12 e 13 deste mês e no dia 14, as unidades de saúde entraram em colapso e os pacientes com Covid-19 morreram asfixiados e os hospitais da cidade, em diversos momentos, fecharam as portas porque não havia leitos e cilindros de oxigênio disponíveis para atender a alta demanda de pacientes.
"O colapso do estoque de oxigênio hospitalar na cidade de Manaus foi informado de maneira tardia aos órgãos federais, que empregaram toda a diligência possível para contornar a situação, sobretudo mediante a mobilização da Força Nacional de Saúde do SUS", diz Levi Mello na resposta ao STF.
A PGR (Procuradoria-Geral da República) abriu inquérito para investigar a conduta do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, diante da crise em Manaus. Ele tem 15 dias para dar uma resposta.
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