A Polícia Federal informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que autoridades dos Estados Unidos não detectaram evidências de que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados tenham apresentado cartões falsos de vacinação contra a Covid-19. 

A declaração foi enviada ao ministro Alexandre de Moraes em resposta a questionamentos da Procuradoria-Geral da República (PGR).  Segundo o documento da PF, o Departamento de Justiça dos EUA relatou que o U.S. Customs and Border Protection não possui registros dos investigados apresentando comprovantes de vacinação. O pedido de investigação sobre o possível uso de cartões falsos partiu da PGR, que solicitou novas diligências à PF.

A PF também detalhou como funcionava o controle de vacinação nos Estados Unidos, destacando que os comprovantes exigidos eram verificados antes do embarque em voos para o país, conforme normas dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças e uma proclamação assinada pelo presidente Joe Biden.

Agora, cabe ao ministro Alexandre de Moraes encaminhar a conclusão da PF para a PGR, que decidirá se arquiva o caso ou oferece uma acusação formal contra os indiciados à Justiça. 

Bolsonaro, seu ex-ajudante de ordens Mauro Cid e outras 15 pessoas foram indiciadas pela PF por um suposto esquema de falsificação de cartões de vacinação, que teria beneficiado o ex-presidente, seus parentes e auxiliares. Bolsonaro nega as acusações e alega não ter cometido irregularidades.