Hepatite A: cerca de 82% das crianças menores de 5 anos se vacinaram em 2023
![Foto: Walterson Rosa/MS](https://www.portaldoholanda.com.br/sites/default/files/imagecache/2020_noticia_fotogrande/portaldoholanda-portaldoholanda-3-1320430-1320430.jpeg)
Dados preliminares do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde apontam que, em 2023, 81,87% das crianças menores de cinco anos, a partir dos 12 meses de idade, se vacinaram contra a hepatite A no Sistema Único de Saúde (SUS). O número aumentou 8,8% em relação ao ano anterior, quando foi registrado 72,99% na cobertura vacinal.
O Espírito Santo foi o estado com o maior salto: em 2022, 63,5% da população-alvo havia se vacinado contra a doença, enquanto no ano seguinte a porcentagem ficou em 86,29%, totalizando uma diferença de 22,79%. A Bahia também se destacou com 85% do público vacinado em 2023 contra 68% em 2022.
De acordo com o Calendário Nacional de Vacinação, a vacina deve ser administrada aos 15 meses de vida, em esquema de uma dose, e é a principal medida de prevenção contra o vírus da doença, geralmente transmitido via fecal-oral por meio de alimentos ou água contaminados, devido aos baixos níveis de saneamento básico e higiene pessoal. O vírus também pode ser contraído por contato pessoal próximo ou relação sexual desprotegida.
Quem pode se vacinar?
A vacina contra a hepatite A é administrada com uma dose aos 15 meses de vida. Para crianças que tenham perdido a oportunidade de se vacinar no tempo recomendado pelo PNI, a vacina pode ser aplicada até 4 anos, 11 meses e 29 dias. A vacinação de gestantes e lactantes deve ser realizada mediante a avaliação da relação risco-benefício diante da possibilidade de contrair a doença.
O imunizante também está disponível nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIEs), no esquema de 2 doses – com intervalo mínimo de 6 meses entre as doses – para pessoas a partir de 1 ano de idade, com as seguintes condições clínicas:
Hepatopatias crônicas de qualquer etiologia, inclusive infecção crônica pelo HBV ou pelo HCV;
Portadores crônicos do VHB;
Coagulopatias;
Pessoas vivendo com HIV ou aids;
Imunodepressão terapêutica ou por doença imunodepressora;
Doenças de depósito;
Fibrose cística (mucoviscidose);
Trissomias;
Candidatos a transplante de órgão sólido, cadastrados em programas de transplantes; Transplantados de órgão sólido (TOS);
Transplante de células-tronco hematopoiéticas (THCT);
Doadores de órgão sólido ou de células-tronco hematopoiéticas (TCTH), cadastrados em programas de transplantes;
Hemoglobinopatias;
Asplenia anatômica ou funcional e doenças relacionadas.
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