‘Hitler da Bahia’ liderava grupo em estupros virtuais com incentivo à pedofilia

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Luis Alexandre de Oliveira Lessa, 20, que se intitula o “Hitler Bahia”, foi preso em uma operação da polícia em novembro de 2024, em Salvador. O homem, que é soldado do Exército, liderava um grupo no Telegram, em crimes de estupro virtual, com incentivo à pedofilia e automutilação.
Lessa agia por meio de um grupo chamado “Panela Country”, que contava com a participação de adolescentes. A operação Nix, que investigava o grupo e outros suspeitos, ocorreu em São Paulo, Pernambuco, Minas Gerais e Distrito Federal. Além de Lessa, três adolescentes foram apreendidos.

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Além do Telegram, o grupo também agia na plataforma Dicord, e os integrantes eram chamados de “paneleiros”. Os fundadores da Panela Country são menores de idade, conhecidos como “Inative” e “Nêmesis”, enquanto o “Hitler da Bahia” era o líder junto com “Vitin”, “Lunatic” e “Maverick”.
O outro suspeito conhecido como “Zeinpod”, também apreendido, era responsável pelos grupos que cometiam estupros virtuais.
Na decisão que negou habeas corpus a Lessa, o desembargador Teixeira de Freitas afirmou que os integrantes do grupo "comemoram e se divertem à custa do sofrimento alheio, demonstrando pouca ou nenhuma empatia pelas vítimas, sejam humanas ou animais".
Atualmente, policiais de várias regiões do Brasil atuam infiltrados nessas plataformas para proteger as vítimas de estupros virtuais, chantagens, automutilação e incitação ao suicídio. Conforme a reportagem divulgada pelo Fantástico no domingo (6), um investigador explicou que o acompanhamento nas plataformas consiste em chegar aos agressores quando o crime está prestes a ser cometido.
"A gente estava infiltrado e houve a explanação de uma menina. A gente começou a monitorar a vítima e conseguimos chegar no endereço da mãe. Eu mesmo peguei o telefone, liguei para mãe e a mãe não acreditou. Ela disse 'não tem nada de errado aqui na minha casa' e eu disse: tem sim, a senhora vai até o quarto da sua filha, sua filha não está dormindo, sua filha vai ser vítima de um estupro virtual", disse Lisandra Salvariego Colabuono, delegada da Polícia Civil de São Paulo.
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