Homem demitido por se recusar a votar em Bolsonaro é indenizado em R$ 30 mil
Um homem, que não teve o nome divulgado, será indenizado em R$ 30 mil após ser demitido por se recusar a votar no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022. O caso ocorreu em Monte Azul, em Minas Gerais.
De acordo com o IG, o ex-funcionário revelou que votaria em Luiz Inácio Lula da Silva (PT ) e se negou a votar no "candidato da empresa" e, no dia seguinte, foi demitido sem justa causa.
A empresa declarou que a demissão do homem já estava em andamento há um semana e que não estava relacionada ao voto dele, nas eleições daquele ano. A defesa da empresa considerou o valor da indenização "exorbitante e desproporcional".
Na decisão, o desembargador Marco Antônio Paulinelli Carvalho afirmou que ficou comprovado que o ex-funcionário sofreu assédio eleitoral. "Ficou claro que não só o autor da ação foi coagido, mas também vários colegas de trabalho. Os outros trabalhadores, certamente temerosos de perder o emprego, aceitaram a situação humilhante de ostentar 'santinho' de candidato no local de trabalho'', explicou.
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