Indígenas invadem Seduc em Belém em protesto por educação em aldeias; vídeo
Mais de 100 indígenas de diferentes etnias, incluindo Munduruku, Tembé e Xikrim, ocuparam a sede da Secretaria de Educação do Pará (Seduc) nesta terça-feira (14), em Belém. Eles reivindicam a continuidade do Sistema Modular de Ensino (Some), que atende comunidades remotas, permitindo o ensino médio em locais onde não é viável construir escolas regulares.
O protesto, realizado na avenida Augusto Montenegro, também exige a saída do secretário de Educação, Rossieli Soares. Os manifestantes criticam uma possível substituição do Some por aulas virtuais, consideradas inadequadas, especialmente para estudantes que não falam português. "Isso é uma violação de direitos e da nossa cultura", declarou Alessandra Korap, liderança Munduruku.
Em nota, a Seduc negou que o Some será descontinuado, afirmando que o sistema continuará operando, com professores recebendo incentivos financeiros para atuar em áreas remotas. A secretaria reforçou que a modalidade é essencial para as comunidades indígenas e rurais.
O Sindicato dos Jornalistas do Pará denunciou que a imprensa foi impedida pela Polícia Militar de cobrir a manifestação dentro da Seduc, apontando violação à liberdade de imprensa. A Polícia Militar foi acionada para garantir a segurança no local, mas ainda não respondeu aos questionamentos.
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